O Paulistão 2010 encerra sua fase de classificação amanhã com dez jogos realizados no mesmo horário, às 21h50, como manda a Globo.
A rodada terá bons jogos, como Santo André x São Paulo, que se enfrentam no Barão, terceiro estádio escolhido pela equipe do ABC para abrigar a partida.
O mais badalado e tecnicamente melhor campeonato estadual do Brasil é um engodo, patrocinado pela FPF e pela Globo, com a anuência dos dirigentes dos clubes participantes, que estão pouco se lixando para os torcedores.
Em 2010 não deu para saber em que casa as equipes do interior mandam seus jogos, pois muitas preferiram levar seus jogos (em busca de uma gorda renda) para outros locais. Só para citar dois casos, o Oeste, que é de Itápolis, pegou o São Paulo em Araraquara e o Ituano levou a partida contra o Corinthians, no último domingo, para São José do Rio Preto.
Nesta última rodada, o Santo André "recebe" o São Paulo em Piracicaba, depois de ficar em dúvida entre o Bruno José Daniel, a verdadeira casa da equipe, e o Teixeirão, em São José do Rio Preto.
O diário Lance e os sites esportivos trazem hoje reportagens detonando as condições do Barão. Não apenas o seu gramado, mas a estrutura para o time, como o banco de reservas e os vestiários.
O técnico Ricardo Gomes e alguns jogadores do Tricolor, que precisa da vitória para se classificar, não pouparam críticas ao "palco" da decisão.
Ao Santo André, isso pouco importa, pois o time irá embolsar uma renda gorda, já que 11 mil ingressos já haviam sido vendidos até ontem e o mais barato sai para o "sofredor" por R$ 40.
Piracicabanos, limeirenses, rioclarenses e outros "enses" irão lotar o Barão e talvez a maioria dos "sofredores" pouco se importe em pagar caro para assistir a um jogo sem conforto e o mínimo de estrutura. O que vale é ver o time do coração e ídolos como Rogério Ceni de pertinho, dirão alguns.
Concordo com as críticas ao estádio, que está preparado para os jogos do XV, na Série A3, mas não deveria receber um jogo tão importante como esse sem, pelo menos, passar por uma boa reestruturação (não vale maquiagem).
A culpa não é do clube ou dos administradores do estádio, que recebe costumeiramente no máximo 4.000 pagantes quinzistas acostumados com sua precária casa. A culpa é da FPF que permite essa loteria de (des)mandos dos clubes em busca de renda.
O XV fez a parte dele em se dispor a sediar a partida e trazer o melhor conforto possível a jogadores, torcedores e imprensa, mas o saldo com um evento deste tipo pode não ser tão positivo.
As críticas demasiadas ao estádio são apenas uma parte do que pode acontecer. Queira Deus que tudo transcorra bem, que as pessoas se comportem de maneira civilizada e que a frustração dos tricolores com uma possível eliminação não se transforme em atos de vandalismo e violência, trazendo manchetes ainda mais negativas e tristes sobre o Barão e nossa Piracicaba. (RG)
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