O país que irá sediar a Copa 2014 não consegue resolver problemas mais sérios e emergenciais para sua população, como a corrupção, as construções em áreas de risco e a invasão de terras amazônicas para a criação de gado.
Mas não é isso que quero falar nesse texto. Fora esses problemas que não estão incluídos na esfera esportiva, o futebol brasileiro carece de um profissionalismo que, ao que tudo indica, está muito distante de ser alcançado.
Os dirigentes continuam fazendo das suas e só para citar três exemplos quero lembrar o caso Petkovic, o embate Goias x São Paulo por Fernandão e a demissão de Estevam Soares no Botafogo.
Pet foi o maestro do Flamengo no Brasileirão 2009. Tirando as entregadas de Palmeiras e São Paulo, foi ele, que retornou ao clube para que parte da dívida trabalhista do Mengo com o sérvio fosse paga, que levou o time da Gávea nas costas e levou a equipe rubronegra ao seu sexto título nacional.
O Flamengo foi o campeão do avesso, levantando o caneco mesmo com sua gestão, suas dívidas e sua falta de profissionalismo. Mas que ninguém conteste o título.
No domingo, após ser substituído no intervalo, quando o Fluminense ganhava por 3 a 1, Pet quis ir embora e discutiu com o diretor de futebol do clube, sendo afastado. O caso, que poderia ter sido resolvido dentro dos muros da Gávea, ganhou repercussão equivalente ao tamanho da torcida do Mengo, que apesar de se mostrar eficiente no ataque este ano, vem levando muitos gols. Essa atitude é amadora e pode colocar em risco toda a campanha rubronegra na Libertadores.
Goiás, São Paulo e Botafogo
Quanto a acusação da diretoria do Goiás de aliciamento do atacante Fernandão, cabe destacar que o futebol é um mundo diferente e com algumas normas de conduta que devem ser respeitadas. Não conheço nada além do que a imprensa veícula sobre o caso, mas no mundo corporativo, quando uma empresa quer um profissional de outra, faz a proposta diretamente a ele, normalmente com condições melhores do que ele tem no atual emprego, e a escolha fica por conta do profissional.
Já no futebol, como disse acima, é preciso respeitar o outro clube. Por mais que Fernandão não tenha ambiente no time esmeraldino e queira jogar em outra equipe, o atleta tem contrato com o Goiás e o que foi assinado precisa ser respeitado. Se quer o jogador, o São Paulo tem que negociar com o clube e não apenas com o atleta.
No Botafogo, a queda de Estevam Soares era anunciada, num futebol amador e burro que coloca a culpa por todos os fracassos nas costas dos técnicos. Acredito que a diretoria do Fogão errou e o limitado Joel Santana dificilmente irá fazer grandes mudanças na equipe que carece de reforços e de uma gestão mais profissional.
Até a próxima!
Rodrigo Guidi
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