quarta-feira, 15 de julho de 2009

A ditadura da audiência ataca de novo

Infeliz um povo que tem que se submeter ao monopólio da maior rede de televisão do país. A toda-poderosa Globo detém, desde que me conheço por gente, os direitos de transmissão da Libertadores, segundo mais importante torneio de clubes do mundo (atrás apenas da Champions League européia), mas irá transmitir para os Estados do Rio e SP dois jogos da 11ª rodada do Brasileirão (Flamengo x Palmeiras e Inter x Fluminense).

Mineiros cruzeirenses que residem nesses Estados literalmente ficaram na mão, assim como demais torcedores que gostariam de ver a final do mais importante torneio da América, independente dos times que torcem.

Como são-paulino, queria mesmo ver o jogo entre Cruzeiro e Estudiantes e terei que ir a um bar com TV por assinatura. Mas tenho certeza que mesmo alguns palmeirenses (esses em especial pela presença do Gladiador na final), colorados e tricolores também gostariam de acompanhar o jogo.

Quanto aos flamenguistas, não arrisco, pois esses sim são apaixonados e prefeririam ver o Mengo. Se bem que os que moram no Rio terão que se contentar com o Pó-de-arroz e, nesse caso, acho que também gostariam de ver o Cruzeiro.

Infelizmente somos reféns desse monopólio ridículo da Globo, que tenho esperanças que um dia acabe. Se fosse um clube do eixo Rio-SP na final, eles não fariam isso.

Saudades do início dos anos 90, quando a extinta Rede OM, do Paraná, dividiu os direitos de transmissão com a Globo e também passou os jogos, roubando ainda o Galvão Bueno da emissora carioca.

Tomará que alguma outra emissora tenha logo logo o poder de fogo para dividir os direitos de transmissão (não como a Band faz hoje, sendo obrigada a transmitir o mesmo jogo que a Globo) e dê a todos nós brasileiros a opção de ver uma final de Libertadores, seja para torcer ou secar o clube brasileiro que a disputa.

Que venha o enfrentamento, mesmo que para isso tirem o Galvão da Globo e tenhamos que ver o jogo com a TV no mudo, ouvindo a narração no rádio!!!!


Até a próxima!


Rodrigo Guidi

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