Querem apimentar um clássico que dentro de campo tem tudo para ser limpo e bem jogado, vencendo a equipe que se portar melhor nos 90 minutos de jogo.
Tá certo que o Tricolor vai perder renda, porque a Fiel costuma dividir e superar os torcedores sãopaulinos nos Majestosos, mas essa opção dos 10% é coerente com que todos os outros grandes de SP fazem quando recebem o São Paulo.
A questão vai além do dinheiro. Simplesmente porque o time do Morumbi enxerga à frente e investe para transformar seu estádio em um palco múltiplo de eventos, não dependendo apenas do futebol. O clube vem investindo em sua marca e no seu espaço e irá lucrar com o Morumbi muito mais do que lucraria dividindo o estádio com os seus rivais.
A decisão do clube respeita os seus torcedores que devem ter prioridade em sua casa quando o clube é o mandante.
Sou defensor de que os times mandem seus jogos em seus próprios estádios, mesmo que na minha opinião a Vila ou o Palestra não tenham condições de receber os grandes clássicos, mais em função do animalismo dos torcedores de hoje do que propriamente da infra-estrutura dessas praças esportivas.
Juvenal foi irônico ontem, mas isso faz parte do folclore futebolístico. Revoltado, Andres Sanchez divulgou nota de indignação e prometeu retaliar a decisão. Pena que muita gente leva a sério isso e ignora que nos bastidores os dirigentes esportivos, em sua maioria, são amigos e mantém um relacionamento cordial.
O sucesso do São Paulo incomoda os rivais a ponto de um idiota como Marco Polo Del Nero, ligado ao Palmeiras, não ter tomado qualquer atitude que se esperava de um presidente de federação sobre o episódio do gás, no ano passado e, pior ainda, inventar a polêmica dos ingressos do show da Madonna na reta final do Brasileirão do ano passado.
Enquanto essas aberrações acontecerem e a mídia der ouvido e espaço para esse tipo de coisa, assuntos mais relevantes para o esporte nacional não são sequer tratados, por pura falta de interesse.
Até a próxima!
Rodrigo Guidi
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