Sensacional a final entre Santos e Santo André ontem no Pacaembu, em especial no primeiro tempo. Os primeiros 45 minutos tiveram de tudo: gols, bate-boca, expulsões e muito, mas muito futebol por parte dos dois times.
Os críticos do futebol, principalmente alguns amantes do basquete, tiveram na partida de ontem um exemplo do porquê esse esporte inventado pelos ingleses é tão fascinante.
Não que o basquete não seja. Gosto muito da emoção do esporte da bola laranja, mas acusar o futebol de chato e monótono depois do jogo de ontem é uma visão, no mínimo, simplista.
Foi muito legal ver a entrega dos dois times e o desespero e angústia dos santistas que não viam a hora do jogo terminar. Não que tenha secado o time da Vila, mas a superioridade do alvinegro praiano durante todo o Paulista quase sucumbiu com o talento dos andreenses e a estupidez de Dorival Júnior, que chamou o Ramalhão para cima de seus comandados.
Entre as várias imagens do jogo destaco Ganso se recusando a sair, afirmando em gestos e palavras que ficaria ali, até o fim, e morreria se precisasse para garantir o título do Peixe. No alto de seus "muitos" 20 anos, o meia comandou o time, arrancou cartões para os adversários no final e ajudou em muito a segurar os adversários.
Me desculpem os amigos Erasmo, Marcelo Rocha e Bolly, mas Ganso, para mim, além de ter que ir à África, tem futebol e maturidade para ser titular. Acredito que não precisa provar mais nada, pois jogou como gente grande contra o São Paulo na semifinal e ontem foi o líder do time em campo.
Ganso me lembra Pita e para alguns amigos meus será melhor que o meia santista e são-paulino dos anos 80.
A final valeu o ingresso. Até para quem gastou apenas a energia elétrica da TV e o pacote de pipoca de microondas.
Até a próxima!
Rodrigo Guidi
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