Palhaçada

Não sou muito fã das declarações de Pelé, que como disse Romário "calado é um poeta", mas hoje o Rei acertou.

Sobre essa palhaçada (nomeada pela "crônica" esportiva como novela) envolvendo o repatriamento de Ronaldinho Gaúcho, Pelé cravou que se o atleta (sic) ama o Grêmio, deveria defernder o Imortal Tricolor de graça.

Com uma fortuna estimada em US$ 200 milhões, o jogador não precisa e não deve mesmo querer nada com nada.

O que me espanta é três times ficarem brigando publicamente por um "ex-jogador em atividade". Talvez inspirados no sucesso do Fenômeno no Corinthians, Grêmio, Palmeiras e Flamengo encontraram motivos para brigar para ter o dentuço.

Só que eles não vão contratar aquele jogador que brilhou no Olímpico e no Camp Nou e sim o que é reserva no velhinho time do Milan.

Um cara que não quer e não precisa mais jogar, que está mais interessado em noitadas, pagode e mulheres do que propriamente encantar a torcida e decidir partidas pelo time que defende.Além disso, Fenômeno só tem um. Ronaldo, mesmo gordo, resolveu em 2009 e mesmo assim o Timão não conseguiu a tão sonhada Libertadores no ano do centenário.




A lógica de um atleta ainda novo e com ambição profissional seria não ter entrado nesse leilão, feito de forma bem amadora por seu irmão-procurador Assis.

Se está descontente com o banco em Milão e quer mesmo jogar, Ronaldinho deveria pagar para sair do clube rossonero e defender, pelo teto do clube, a equipe que o revelou.

O time é bom, entrosado, tem um bom técnico e muita chance de avançar na Libertadores.

Mesmo no eixo Rio-SP, Palmeiras e Grêmio na Copa do Brasil não seriam assim tão interessante. Já imaginaram um duelo mata-mata entre Grêmio e Corinthians, com os Ronaldos se enfrentando?

Mas ele não quer jogar, quer farra e $, muito $. Lamento não por ele, que está no seu direito, mas por toda essa palhaçada e pelo espaço que a mídia está dando para o caso.


Rodrigo Guidi