"Time grande não cai."
São declarações como esta, feita ontem por João Paulo de Jesus Lopes, cartola do São Paulo Futebol Clube, que preocupam os torcedores do Tricolor.
A soberba que tomou conta do Morumbi nos últimos anos colocou uma venda sobre os olhos de quem comanda o futebol do clube.
Que o São Paulo é o time brasileiro mais vencedor, isso ninguém pode negar. As conquistas comprovam isso. Mas a instituição não se pode achar acima do bem e do mal e que é melhor do que qualquer um.
O Tricolor é apenas mais um dos muitos clubes de futebol de um país que permite que seu esporte mais popular seja administrado por uma pessoa como Ricardo Teixeira. Não há, absolutamente, nada de diferenciado na diretoria do São Paulo.
Os cartolas tricolores não diferem dos corintianos, flamenguistas, palmeirenses e outros por aí. Quem está fazendo a diferença no futebol brasileiro hoje é Fernando de Carvalho, do Inter, e Luís Álvaro Pereira, do Santos e as conquistas recentes comprovam isso.
A fixação em sediar a abertura da Copa 2014 deve estar cegando Juvenal Juvêncio, que deixou de cuidar com carinho do futebol do clube. É preciso acabar com as três ilhas existentes no clube (Morumbi, CT e Cotia). É hora de união.
A casa caiu e é bom que os dirigentes do tricolor coloquem as barbas de molho. É preciso acordar, reconhecer os erros e aproveitar o que o clube tem de melhor para mudar a situação no Brasileiro.
Se as tuas glórias vêm do passado, o presente de enganos de uma diretoria que errou muito em 2010 não garante um futuro brilhante ao clube. Uma boa faxina é necessária para que a temporada termine com um mínimo de dignidade.
Talvez a Série B seja mesmo o melhor caminho para que o São Paulo se depure e volte a ocupar os primeiros lugares do futebol nacional. (Rodrigo Guidi)
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