quinta-feira, 6 de maio de 2010

Velório(s) Alvinegro(s)

Ao final de Corinthians 2x1 Flamengo, na quarta-feira, ouviu-se aplausos ao time de Parque São Jorge. A fanática torcida não o abandonou, mais uma vez. Como de praxe, a Fiel é assim mesmo: entregue a uma paixão. Mas por que aplaudir um time que fracassou?

Tudo bem: futebol nas arquibancadas é pura paixão. Mas no sentido racional, o Corinthians não merecia aplauso nenhum. O clube, o time, a comissão técnica e a diretoria falharam. Sim, falharam. Após os títulos do Paulistão e da Copa do Brasil 2009 só se falou em Libertadores.

E o planejamento começou antes desses títulos com a vinda de Ronaldo e ganhou vulto esse ano, com Roberto Carlos. Um grupo de atletas experientes como Danilo e Iarley foram contratados. Tudo para tornar realidade um sonho chamado Libertadores.

O mais notório é que todo um planejamento caiu diante de um Flamengo "bagunçado" onde o técnico campeão brasileiro é mandado embora e atacante falta de treinos. Na verdade o Corinthians se "contaminou" com a necessidade de fazer do centenário o Ano da Libertadores e quem sabe do Mundial.


A pergunta que fica no ar é se vale a pena investir, planejar tanto para uma competição. O tombo, veja, foi maior. O velório vai prosseguir até o último toque de bola de 2010. Não há como negar.
Tudo bem que o Corinthians não merecia pegar o Flamengo justo agora. Afinal de contas, o Mengo é o campeão brasileiro e tem a dupla de ataque mais perigosa do Brasil: Adriano e Love. São experientes e fazem gols. Pegou o Mengo e dançou.

Talvez, a decisão de verdade para o Corinthians aconteceu naquele Maracanã alagado, do jogo de ida. Perder por um gol e não fazer foi fatal. Essa segunda fase da Libertadores é caótica porque todos têm chance. Não adianta fazer uma belíssima fase inicial e depois cair em desgraça.

Bom, algumas lições ficaram, entre elas: estrelas não ganham jogos sozinhas. Se Ronaldo tivesse se esforçado um pouco mais, talvez o Timão teria sorte maior. O restante do grupo jogou em seu limite, mas Ronaldo não conseguiu desequilibrar de fato. Mas não vamos crucificar o Fenômeno. Agora a obrigação é voltar à Libertadores em 2011. Nem falo em título do Brasileirão. Se acontecer, aí sim os aplausos.

XV
Outro Alvinegro que nos deixa em dúvida é o XV de Piracicaba. Uma torcida como a do XV sim merece ser aplaudida. Vai, torce, se empolga, acredita. E mais uma vez tudo fica para a última rodada. Moisés Egert, técnico do time, merece aplausos porque conseguiu reerguer um time que estava prestes a cair para a quarta divisão. O Nhô Quim vai à Califórnia do Café esse sábado. Ou volta pro "velório" da A3 ou faz a festa na casa do adversário. Assim como aconteceu aqui, na quarta-feira, quando a Ferroviária comemorou o acesso no gramado do Barão.
(José Ricardo Ferreira)

Um comentário:

Xvzista disse...

NÃO ENTENDO ESSE JORNAL! FAZ MAIS MATERIA DE TIME DA CAPITAL DO QUE DO NOSSO XVZAO!!!